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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ipanema tem mais de 30 mil coliformes fecais em 100 g de areia.

Estudo da prefeitura indica qualidade das areias cariocas. Presença de cachorros seria motivo do alto índice de bactérias.
Banhistas e frequentadores das areias de Ipanema, uma das praias mais badaladas na Zona Sul do Rio de Janeiro, precisam ficar atentos. Um estudo divulgado nesta terça-feira (2) pela Secretaria municipal de Meio Ambiente indica que o local não é recomendado porque apresenta 30 mil coliformes fecais em cada 100 gramas de areia. Este é um dos piores resultados do estudo.

Veja galeria de fotos da praia de Ipanema

O relatório, que apresenta a qualidade da areia das praias cariocas, também não recomenda a praia da Barra da Tijuca e a de Sepetiba, ambas na Zona Oeste, a José Bonifácio, em Paquetá, e a praia da Bica, na Ilha do Governador.

O boletim corresponde ao período de coleta do dia 9 ao dia 23 de janeiro. As únicas praias que registraram a qualidade da areia considerada ótima pela Secretaria foram a da Reserva e a Prainha, ambas na Zona Oeste.
Fezes animais seriam motivo do alto índice

De acordo com Vera Oliveira, gerente de Monitoramento Ambiental da Secretaria, o monitoramento das areias do Rio é feito há mais de 10 anos, porém a novidade é que a classificação foi revista. Agora os técnicos também avaliam, além de coliformes fecais, os índices de Escherichia coli, bactéria indicadora de contaminação de fezes de animais como o cachorro.

“Esse boletim dá Ipanema com muita contaminação e a gente atribui isso aos cachorros. Sempre tem animais durante a coleta e isso é proibido por lei. As pessoas querem usar uma praia de qualidade, mas elas têm que fazer um bom uso da praia, que significa não levar o animal e não deixar o lixo na areia”, disse.
Doenças

Mas de acordo com a dermatologista Maria Fernanda Reis Gavazzoni Dias, integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o maior perigo são as fezes humanas, já que as bactérias dos animais são espécies diferentes das dos humanos. “Se as fezes forem de cães, o risco é menor porque certamente não serão doenças graves. Ainda assim, se o cachorro não estiver doente, não transmite nada”.
Segundo ela, a doença mais comum transmitida por cachorros é a larva migrans, conhecida popularmente como bicho geográfico. “É uma doença de pele, que coça, é um bichinho que anda embaixo da pele, mas cura rápido”.

As fezes humanas, de acordo com a dermatologista, podem transmitir verminoses e até mesmo hepatite.

A coleta é feita até, no máximo, às 9h e os técnicos também anotam as condições do local, como quantidade de lixo e bichos. O resultado divulgado nesta terça levou em conta as anotações feitas desde 2006. A nova classificação, que monitorou 35 pontos de praia, surgiu após 4 anos de estudo.

Na semana passada, o Instituto estadual do Ambiente (Inea) divulgou um novo mapa, que mostra os índices de bactérias na água do mar.

Veja abaixo a lista completa dos resultados do estudo:

Até 10 mil coliformes – Classificação: ótima

Prainha

Recreio - Praia da Reserva

De 10 mil a 20 mil coliformes – Classificação: boa

Recreio - Praia do Pontal

Recreio - Praia da Macumba

São Conrado – Pouso da Asa Delta

Leblon - Bartolomeu Mitre

Leme

Copacabana - República do Peru

Copacabana - Barão de Ipanema

Botafogo

Flamengo

Ramos

Engenhoca - Ilha do Governador

De 20 mil a 30 mil coliformes – Classificação: regular

Vermelha – Urca

Brisa - Sepetiba

Central - Urca

Guanabara - Ilha do Governador

Moreninha - Ilha de Paquetá

Imbuca - Ilha de Paquetá

Ipanema - Praia do Diabo

Copacabana - Souza Lima

São Conrado – Hotel Nacional

Leblon - Visconde de Albuquerque

Barra - Cond. Barramares

Barra - Quebra Mar

Guaratiba

Grumari

Acima de 30 mil coliformes – Classificação: não recomendada

Barra - Ayrton Senna

Barra – Pepe Ipanema – Arpoador

Bica - lha do Governador

Ipanema - Paul Redfern

Ipanema - Maria Quitéria

José Bonifácio - Ilha de Paquetá

Recôncavo – Sepetiba

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