Fiscais de Joinville continuam hoje vistorias em terrenos usados como depósitos irregulares de rejeitos.
Após as denúncias de moradores de que caçambeiros e a Prefeitura estariam depositando lixo em aterros clandestinos, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) fechou ontem mais uma área irregular. O terreno fica na rua Dorothóvio do Nascimento, na Vila Cubatão, onde até a Prefeitura também teria depositado lixo entre 2001 e 2009.
Na Vila Cubatão, existem pelo menos outros três grandes aterros clandestinos, que recebem diariamente toneladas de entulho e lixo trazidos por caçambas de diferentes empresas.
A instalação de cercas de arame farpado na área surpreendeu caçambeiros, que ficaram sem saber onde descartar o material. Até então, a prática comum era pagar R$ 10 por caçamba aos dono dos terrenos, que selecionam materiais recicláveis e cobrem o restante com terra. Tudo feito sem ter licença ambiental.
Hoje, fiscais devem percorrer pelo menos mais quatro áreas, afirma o diretor-executivo da Fundema, Eduardo Schroeder. Entre elas, um terreno público no Loteamento Dom Gregório, no bairro Jardim Iririú, onde a Prefeitura estaria colocando entulhos de obras públicas, como admitiu o secretário regional do Aventureiro, José Fausto.
O diretor-executivo da Fundema ressalta que a única área licenciada é o aterro industrial da Catarinense Ambiental. Mas os caçambeiros alegam que os custos inviabilizam a atividade.
A solução para esse problema, segundo Schroeder, virá com a aprovação da lei de uso e ocupação do solo, que deve ser votada hoje na Câmara de Vereadores. A partir disso, a Fundema terá condições de avaliar quais áreas poderão ser transformadas em aterros e locais para processamento de lixo e entulho.
“No dia 8, teremos uma reunião com a câmara técnica do Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente) e vamos apresentar algumas opções.” Segundo ele, a reunião deverá resultar na concessão de licença para um novo aterro para restos de material de construção.
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