Que marcas você quer deixar no planeta? Calcule sua Pegada Ecológica.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

“Brasil é potência ambiental e tem que fazer jus a isso”.


Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República, afirma que sua campanha será embasada na integração entre meio ambiente e desenvolvimento econômico. Chapa terá Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, como vice.

Num futuro não muito distante, a comunidade internacional estará cobrando mais e mais certificações ambientais de produtos fabricados no Brasil - assim como de qualquer outro lugar do mundo. Por isso, é importante fazer o que ela chama de "dever de casa". Marina Silva, senadora acreana que trocou o PT pelo Partido Verde (PV) ano passado, pretende aproveitar o cenário econômico favorável para colocar a sustentabilidade no debate das eleições. "A nova equação não é opor meio ambiente e desenvolvimento, mas sim integrá-los. Se não fizermos isso, vamos perder o trem-bala da história", disse.
Na opinião de Marina, que comandou o Ministério do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, a sustentabilidade "talvez tenha sido o calcanhar de Aquiles" do governo Lula. "Mas nunca o critiquei. Tenho 30 anos investidos naquele barbudo", disse, em tom de brincadeira, durante almoço com empresários em Porto Alegre, nesta quinta-feira. Vale lembrar que a saída de Marina da pasta está vinculada diretamente a atritos enfrentados com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - que será uma de suas maiores rivais nas eleições deste ano.
Na visão da pré-candidata, assim como os Estados Unidos exercem uma posição de líder político global, o Brasil precisa ser reconhecido como grande potência ambiental - e, principalmente, fazer jus a isso. "A Inglaterra pode ter os melhores estudos ambientais, mas apenas 4% de sua matriz energética é limpa. Nós temos 45%", destacou. Para Marina, só um planejamento adequado colocará o país nos trilhos do desenvolvimento sem prejudicar o meio ambiente."Está faltando consciência de que o atual modelo de produção e consumo não é sustentável", afirmou.
Marina Silva e o PV terão um grande aliado na busca por um Estado que seja referência em gestão ambiental. Trata-se do empresário Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura. Dono de uma fortuna avaliada em mais de R$ 2 bilhões, ele ocupa atualmente a co-presidência do Conselho de Administração da companhia. Ainda que não tenha sido confirmado oficialmente como vice de Marina, os dois deixaram claro que concorrerão lado a lado. Engajado em causas ambientais hámais de 20 anos, Leal afirmou que, se está filiado ao PV, é porque tem aspirações políticas."Estou a serviço do movimento", disse.

EUA adotam oficialmente acordo climático de Copenhague.


Norte-americanos tentarão reduzir emissões em 17% até 2020.Países têm até 31 de janeiro para ratificar acordo.
Os Estados Unidos notificaram oficialmente a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira de que adotaram o Acordo de Copenhague, estabelecendo objetivos não obrigatórios para reduzir as emissões de gases-estufa que foram negociados no mês passado.
Todd Stern, o principal negociador de clima do governo de Barack Obama, também destacou que, como era esperado, o país vai almejar uma redução de 17 por cento nas emissões de dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo aquecimento global até 2020, com 2005 como o ano base.
Um objetivo final de redução de emissões será submetido, disseram os EUA, assim que o Congresso promulgar a legislação interna exigindo as reduções de poluição de carbono. Mas essa legislação tem destino incerto no Senado.

O Acordo de Copenhague pede que os países enviem até o dia 31 de janeiro dados relativos ao quanto cada um vai cortar nas emissões de gases de efeito estufa. No último dia 21, contudo, o secretário-executivo da Convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer, disse que o prazo é "flexível".