RIO DE JANEIRO (Reuters) - O empresário Eike Batista, do grupo EBX, afirmou que estuda uma parceria com a Vale para interconectar o porto do Açu com ferrovias administradas pela mineradora.
Segundo ele, apesar de a Vale e empresas do grupo EBX concorrerem em alguns segmentos, a interligação é uma boa oportunidade para melhorar a logística das empresas e do país.
Esse projeto envolveria as ferrovias FCA (Ferrovia Centro Atlântica) e MRS Logística, administradas pela Vale.
"Em breve, vocês terão novidades. Quem sabe amanhã, no final do dia", disse ele sem revelar valores nem o prazo para implantação do projeto.
"Seria uma oportunidade de conectar o Açu à Minas Gerais, São Paulo e muito mais. Temos que aproveitar a força dessas empresas, pararmos de discutir porque somos eventuais concorrentes e pensar: se o resultado é bom para o Brasil e dá para ganhar dinheiro, é bom", afirmou Eike.
Ele antecipou que a sua empresa está realizando estudos sobre potenciais volumes de cargas que seriam transportadas a partir da interligação, para apresentar à mineradora.
"Eventualmente poderíamos participar com alguma parte do investimento, para fazê-la (a interconexão), que achamos adequado. O problema do empresário brasileiro é sempre: vai fazer um puxadinho? Não, não vou não. Se puder, uma estrada de ferro de bitola larga para conectar com o Brasil inteiro é muito melhor", disse Eike.
Segundo ele, o projeto conceitual prevê a construção de um ramal de aproximadamente 40 km ligando a cidade de Campos até o porto do Açu, e o corredor litorâneo já existente teria que ser reativado.
O porto do Açu, localizado na cidade de São João da Barra, no Norte Fluminense, deve começar a operar no ano que vem.
O projeto prevê a criação no local de um pólo industrial voltado para a produção de navios de grande porte, equipamentos para indústria de óleo e gás e do setor automotivo.
Segundo Eike, com a expansão do mercado de petróleo e gás no Brasil, a indústria de produção de automóveis está perdendo espaço para a indústria de máquinas e equipamentos voltados ao mercado petrolífero.
"O mercado de óleo e gás está crescendo, e bombas, compressores e motores à diesel, todos os equipamentos necessários para uma unidade de produção de petróleo, ainda não são fabricados no Brasil", disse.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
LLX negocia parceria com Petrobras para tancagem no Porto de Açú.
Noticiário cotidiano - Portos e Logística |
Dom, 28 de Agosto de 2011 18:18 |
O presidente do Grupo EBX, Eike Batista, afirmou que a LLX, empresa de logística do grupo, está negociando com a Petrobras uma parceria para a tancagem de parte da produção da estatal no Porto de Açú, que está sendo construído no norte do estado do Rio de Janeiro. No segundo trimestre, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para construção de unidade para tancagem e tratamento de petróleo (UTP) no porto. A tancagem é a armazenagem de petróleo após a sua extração. No final de maio deste ano, o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, anunciou que a companhia irá investir US$ 350 milhões em um terminal flutuante para fazer esse tipo de armazenamento já para escoar parte da produção do pré-sal a partir de 2013. Na época, Costa afirmou que os terminais terrestres de São Sebastião (SP) e Angra dos Reis (RJ) já operavam em plena capacidade, e que o terminal a ser construído pela própria empresa ficará localizado a 90 quilômetros da costa entre o norte do Estado de São Paulo e o sul do Estado do Rio de Janeiro, e contará inclusive com um navio do tipo FSO (flutante, para estocagem e transferência). Na mesma ocasião, Costa também afirmou que a Petrobras faria este primeiro terminal flutuante que deve entrar em operação em 2013, mas que depois a empresa iria ter mais uns outros três ou quatro terminais do mesmo tipo. Segundo Eike Batista, a Petrobras também pode fechar parcerias com a OSX. "A Petrobras tem os mesmos mesmos interesses que a OSX, que tem capacidade para oferecer navios sonda e equipamentos à Petrobras. "Vai ter um leilão e aí ganha o melhor preço", disse. A OSX já têm acordo para a construção de cinco plataformas de do tipo FPSO com outra empresa do Grupo EBX, a OGX, especializada na exploração de óleo e gás natural. |
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