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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

II SEMANA DE MEIO AMBIENTE PROSSEGUE NO ESPAÇO DA CIÊNCIA



Segundo Izabel Gregório, coordenadora do Espaço da Ciência, a idéia é dinamizar cada vez mais o espaço, com atividades que reúnam famílias e demonstrem a importância de se preservar o meio ambiente. “Antes, o Espaço estava muito estático, com muitas coisas para se ver, mas precisando de atividades mais dinâmicas. Essa programação surgiu dessa necessidade e vem agradando”, explica.
Nesta quinta, das 9h às 17h, o público confere o projeto Ação Ambiental, uma divulgação de todos os trabalhos que as secretarias têm realizado em relação ao meio ambiente. Será mostrado ao público o trabalho que vem sendo feito para minimizar os impactos ao meio ambiente causados pelo progresso com a construção do Porto do Açu. Participam dessas atividades a empresa União Norte, a Associação de Mulheres Empreendedoras de Campos (AME), que mostrará o trabalho de reciclagem, o projeto Artesanato é a nossa Cultura e o projeto Retalhos, além da participação das ONGs Ambientais Cocidama e SOS Atafona.
Durante o evento, que também vai sediar oficinas de artesanato, os visitantes vão conferir a participação do Grupo Asa Branca. A partir das 13h dentro do projeto, vai ser realizado o 3º Fórum Municipal de Meio Ambiente, que vai eleger os novos representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Já na sexta-feira, dia 22, às 19h, acontece o lançamento do projeto Tarde de Verão no Espaço, com características de Café Literário. “A intenção é disponibilizar, na estação, aos munícipes e turistas essa estrutura, esse evento que é realizado em outras datas. Vamos ter a reprise da declamação de poesias de dona Floriana Gomes, de 98 anos. Ela participou na abertura do projeto ‘Hoje, o Pontal é aqui no espaço’ e fez tanto sucesso, que pediram para que a trouxéssemos de novo”, comenta Izabel, ressaltando que o evento traz participação da Escola de Canto da Banda União dos Operários, com músicas que falam sobre o verão, no show ‘União dos Operários canta o Verão’.
Durante o lançamento da Semana, parte do público pôde participar da primeira oficina do projeto Reciclando com Arte, da professora Izaldeia, ensinando a confeccionar sandálias de fibra de tabua. Para participar da oficina, que acontece três vezes na semana e tem o limite de 15 pessoas, é preciso fazer uma inscrição prévia no Espaço. Na semana que vem, a oficina irá ensinar a confecção de bolsas com o mesmo material.
A abertura da Semana também foi marcada por uma mostra de Teatro Ecológico e uma oficina para crianças, com contação de histórias com a Dona Maricota, personagem de Jacqueline Gregório Ney, que falou sobre alimentação saudável e orgânica. Monitores do Espaço, Melissa Gregório e Analena Assis, também falaram sobre a lenda da Moça Bonita do Mangue.
A programação continuou na quarta-feira, numa parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com uma mostra de curtas-metragens, apoio do Observatório Humanomar, tendo como foco a educação ambiental. A equipe da Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente apresentou um trabalho que já vem sendo feito durante o ano letivo nas escolas do município: a exibição de desenhos animados com temas ambientais.
Concurso de maquetes de barco – Continuam abertas as inscrições para o Concurso de Maquetes de Barcos, que tem parceria com a Secretaria Municipal de Pesca. Segundo Izabel, seis participantes já enviaram suas maquetes. O básico é que a base do barco deve respeitar a média 50 por 60 e a maquete deverá ser feita com restos de confecções de barcos, atividade praticada em Atafona.
A data limite de entrega é dia 14 de fevereiro. Até o dia 25, daquele mês, os barcos participantes serão julgados por um júri popular. Os três melhores serão anunciados no dia 26 de fevereiro e vão levar o prêmio de R$800,00, R$600,00 e R$400,00, respectivamente. Os barcos servirão de decoração permanente para o Espaço.
Barca da Ciência – O projeto Barca da Ciência consiste na importância de se trabalhar a consciência dos recursos hídricos, com uma aula de história e educação ambiental numa escuna. Serão beneficiados 40 participantes, em uma viagem por dia, sempre de quinta a domingo, às 9h, com saída do Cais do Imperador em São João da Barra, e chegada em Atafona, num percurso de uma hora e meia.
— Os primeiros passeios forma sucesso. Temos monitores capacitados e um guia turístico para acompanhar os passeios. Os passeios prosseguem até o fim de fevereiro. É uma verdadeira aula na ida e uma bela contemplação na volta. Para participar, é preciso ir ao Espaço da Ciência e deixar o nome na listagem. A escuna é totalmente legalizada e teremos apoio de um barco da Defesa Civil para acompanhar o passeio. Precisamos atentar para a importância dessa preservação para o futuro do nosso planeta — acrescenta Izabel Gregório.
Reciclando com Arte – No projeto Reciclando com Arte, o público poderá participar de aulas de artesanato ecológico, com a professora Izaldéia como responsável pelas oficinas.
— No Espaço nós temos a lista das oficinas, três por semana. As pessoas interessadas também devem ir ao local e marcar os dias que vão participar. São 15 pessoas por oficina que vai resultar em peças de arte com o cunho da política dos três R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Serão confeccionados produtos com tabua, escamas de peixe, garrafa peti e jornal — explica Izabel, lembrando que uma dessas oficinas será dedicada ao público infantil que vai aprender a confeccionar brinquedos com sucatas.

Presidente do IPCC pede desculpas por erro sobre geleiras do Himalaia.


O principal líder do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) foi obrigado a pedir desculpas pela inclusão, no relatório de 2007, de que havia uma chance "muito alta" de que as geleiras desaparecessem do Himalaia em 2035.Rajendra Pachauri, presidente do IPCC, reconheceu na quarta-feira (20) que "os padrões claros e bem-estabelecidos de evidências apontam que procedimentos da IPCC não foram aplicados apropriadamente" quando a citação sobre o Himalaia foi inclusa nas 900 páginas de avaliação sobre os impactos da mudança climática.No parágrafo da polêmica, lê-se: "Geleiras no Himalaia estão vazando mais rapidamente que qualquer outra parte do mundo e, se o padrão atual permanecer, a probabilidade de elas desaparecerem em 2035 e talvez antes disso é muito alta."Fonte única - O relatório cita apenas uma única fonte: um relatório de 2005 da organização não-governamental WWF que, por sua vez, cita um artigo de 1999 na "New Scientist".O artigo selecionado da "New Scientist" foi feito a partir de uma entrevista com o glaciologista indiano Syed Hasnain, vice-chanceler da Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Déli, e que escreveu acerca de um relatório para a Comissão Internacional para Neve e Gelo.Dizia, com base na entrevista de Hasnain, que "todas as geleiras no centro e no leste do Himalaia podem desaparecer em 2035". A alegação não aparecia, contudo, no relatório da comissão, que só ficou disponível no final do ano passado.Nesta semana, um grupo de geógrafos, liderados por Graham Cogley, da Universidade Trent, em Ontario (Canadá) escreveram na revista "Science" indicando que a alegação "exigia 25 vezes mais perda de 1999 até 2035 do que estimado entre 1960 e 1999. Isso conflita com o conhecimento das relações entre glaciologia e clima, e está errado."Os geógrafos disseram ainda que a alegação foi "capturada da imaginação global, e frequentemente repetida na boa fé, inclusive recentemente pelo presidente do IPCC". Os erros do IPCC "poderiam ser evitados caso normas de publicação científica, incluindo revisão de trabalho e a concentração em trabalhos acadêmicos, fossem respeitadas".Literatura verde - Um dos autores do relatório do IPCC, Stephen Schneider, da Universidade Stanford, na Califórnia, defendeu o uso nesta semana da chamada literatura verde nos relatórios do órgão.Ele disse que é impossível incluir apenas pesquisas acadêmicas porque, particularmente nos capítulos de discussão dos impactos regionais da mudança climática, "a maioria da literatura não está acima do padrão dourado".A afirmação sobre o Himalaia aparece em um capítulo regional sobre a Ásia. "Há poucos autores na região, então isso limita a base científica", disse Schneider. (Fonte: Folha Online).

ENTREVISTA-Minc propõe fundo de clima com emergentes para pobres

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil irá propor a criação de um fundo em conjunto com China, Índia e África do Sul para ajudar os países pobres a se adaptar ao aquecimento global, como parte de uma tentativa mais ampla de retomar as negociações climáticas internacionais.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse em entrevista na noite de quarta-feira que irá levar essa proposta a uma cúpula climática entre esses quatro grandes países emergentes, agrupados sob a sigla "Basic", no fim de semana em Nova Délhi.
"Sua função será ajudar os países mais pobres na adaptação à mudança climática", disse Minc, acrescentando que a China já demonstrou interesse pelo projeto.
A esperança é de que o fundo possa dar novo impulso às negociações climáticas globais, que sofreram um revés com o resultado inconclusivo da cúpula de dezembro em Copenhague. Naquela ocasião, o Basic e os Estados Unidos assinaram um acordo de cumprimento facultativo, contendo apenas princípios gerais.
Mas vários países pobres dizem que as nações industrializadas não estão se comprometendo com cortes suficientes nas suas emissões de gases do efeito estufa, além de temerem não receber tecnologia e verbas necessárias para enfrentar o aquecimento.
O encontro de Nova Délhi irá buscar soluções concretas para os países pobres, mas também destacará a necessidade de que nações ricas, especialmente os EUA, se empenhem mais, disse Minc.
"Os recursos que a gente vai colocar vai ser de uma ordem que vai chamar a atenção para como eles se estão furtando da sua responsabilidade", disse o ministro, sem citar dados.
Os países ricos prometeram 30 bilhões de dólares em verbas climáticas para o período 2010-12, e estabeleceram a meta de 100 bilhões de dólares até 2020, bem aquém do valor que os países em desenvolvimento pleiteavam.
OBAMA EM APUROS
Minc disse que o risco de o Senado dos EUA não aprovar uma nova lei de controle climático dificulta ainda mais as chances de um acordo climático global neste ano, e pode prejudicar a liderança do presidente Barack Obama nessa questão.
O futuro do projeto de lei do governo dos EUA ficou mais incerto nesta semana, quando os democratas foram derrotados numa eleição suplementar em Massachusetts, perdendo a maioria qualificada no Senado.
O ministro declarou ainda que a falta de decisões claras em Copenhague cria a necessidade de que grupos como o Basic e a União Europeia tenham posições unificadas para acelerar as negociações entre si.
De acordo com ele, Brasil, África do Sul, Índia e China devem tentar padronizar suas metas de emissões. O Brasil, por exemplo, promete atualmente cortes de até 38,9 por cento até 2020, enquanto a China sugere reduzir, no mesmo período, em 40-45 por cento a quantidade de emissões por cada dólar gerado na economia.
TECNOLOGIA
Os países do bloco Basic também devem buscar uma posição comum a respeito da transferência de tecnologia. Minc propõe medidas para criar parcerias pelas quais os países pobres recebam não só acesso às tecnologias, mas também assistência para aplicá-las adequadamente.
Países como Austrália, Canadá e Estados Unidos deveriam fornecer imediatamente a nações como China e Índia a tecnologia para o armazenamento subterrâneo de carbono, sugeriu Minc.
"Os países ricos querem que o Basic reduza as emissões e a gente pode dizer que vai reduzir. Mas vocês (ricos) têm que dar a tecnologia de ponta", disse.
O Brasil já oferece imagens de satélite para que países latino-americanos e africanos possam mensurar a destruição das suas florestas tropicais, o que contribui com até 20 por cento das emissões globais de carbono.
O país fornece também seu conhecimento em gestão de recursos hídricos e tecnologia para produzir e usar etanol combustível, que provoca poucas emissões, afirmou Minc.
Ele acrescentou ainda que o país gastará 20 por cento do seu novo fundo para a Amazônia em projetos em países vizinhos. O governo criou esse fundo no ano passado para promover o desenvolvimento sustentável e a pesquisa científica na maior floresta tropical do mundo. Os primeiros projetos beneficiados foram divulgados no mês passado.
A Noruega promete 1 bilhão de dólares para o fundo até 2015, e a Alemanha ofereceu 18 milhões de euros (26,8 milhões de dólares). Minc disse que outros três países europeus irão em breve anunciar doações.