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segunda-feira, 27 de abril de 2009

EUA querem que encontro ambiental.



O governo dos Estados Unidos quer que a grande conferência sobre o meio ambiente que será realizada na capital americana nesta semana evite as tensões e impasses que o tema despertou no passado entre as nações ricas e os países emergentes.O encontro, batizado pelo governo americano de Fórum das Grandes Economias sobre a Energia e o Clima, contará com a presença de 17 nações, entre eles o Brasil, e será realizado em Washington, na próxima segunda e terça-feira."Este tema (preservação ambiental) é sempre carregado de uma emoção que opõe norte e sul. Simplesmente é assim. E não há como evitar. Mas, o que podemos tentar, é ir além disso. Tratar os outros com respeito. Nós não alcançaremos um acordo se não conseguirmos nos mover adiante. Temos de agir motivados pelo que a ciência nos diz, mas temos de ser pragmáticos", disse Todd Stern, o principal negociador do governo americano para o setor de Mudanças Climáticas, durante uma entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, em Washington, para jornalistas estrangeiros.Stern atuou na administração de Bill Clinton como assessor da Presidência nos anos 1990 e foi o negociador-chefe americano nas negociações para implementar o Protocolo de Kyoto - o tratado de regulação das emissões de gases poluentes que acabou não sendo ratificado pelos Estados Unidos.Pragmatismo - Ele conta que, desde sua primeira passagem pela Casa Branca, as emoções opondo norte e sul já estavam presentes, mas acredita que o governo de Barack Obama tem sido pragmático nas exigências feitas aos emergentes e enfatiza que é preciso que os países em desenvolvimento façam mais, em especial a China, que é, juntamente com os EUA, o maior poluidor mundial."Estamos cientes do extraordinário progresso que a China está fazendo neste setor. Quem pensa que a China está parada, não está olhando para as ações dos chineses. Eles têm como meta obter 15% de sua energia até 2020 a partir de fontes renováveis e contam com metas de eficiência energética que superam as nossas. Mas as emissões chinesas continuam subindo devido ao desempenho econômico chinês, por isso, apesar de estarem fazendo muito, terão que fazer muito mais, e acatar compromissos no contexto internacional, como outros já fizeram."Amazônia - O negociador ambiental americano também afirmou que "os Estados Unidos estão totalmente comprometidos com esforços para preservar a Amazônia e pretendem trabalhar com o Brasil para fazê-lo".Indagado pela BBC Brasil se os americanos apóiam a proposta brasileira de criar um fundo para a preservação da Floresta Amazônica - com o qual o governo da Noruega já se comprometeu em doar US$ 1 bilhão até 2015 - ele não disse nem que sim nem que não.Stern afirmou que "há uma vívida discussão" sobre qual é a melhor maneira de manter as florestas tropicais de pé e que fundos, como o amazônico, são uma das propostas, assim como o chamado mercados de carbono, que são certificados emitidos quando há redução na emissão de gases poluentes.O negociador americano não indicou uma preferência por um ou outro modelo, apenas lembrou que Brasil e Indonésia (os dois países que mais desmatam) têm um papel importante a exercer, porque o desmatamento responde por 20% das emissões mundiais.Conteúdo real - As edições prévias do Fórum das Grandes Economias sobre a Energia e o Clima foram realizadas durante a gestão do ex-presidente George W. Bush, cuja administração se negou a ratificar Kyoto e condicionou avanços em negociações sobre reduções de emissões à adoção de medidas idênticas por parte da China e da Índia.O representante da área ambiental americana saudou a gestão anterior por ter tido a idéia de reunir diferentes nações para tratar de medidas capazes de conter as mudanças climáticas."A diferença é que queremos revigorar esses processos, dar a eles uma missão verdadeira, com um conteúdo real. O presidente (Obama) está profundamente comprometido em levar esse tema adiante, buscando um programa para desenvolver energias limpas e um acordo internacional forte e importante, de uma maneira que não foi vista na administração anterior".
(Fonte: Estadão Online)

Rio Grande



A dedicação aos estudos e a preocupação com o meio ambiente, levaram o estudante Davi Briese da Rosa de 11 anos a representar Rio Grande na “3ª Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente”, que reuniu cerca de 700 crianças e jovens, de 3 a 8 de abril na cidade de Luziânia, em Goiás.
Davi foi escolhido entre os colegas da escola municipal Ana Nery, para apresentar na Conferência o projeto desenvolvido no ano passado pelas turmas da 5ª e da 6ª séries do Ensino Fundamental, para a realização de um documentário sobre a Lagoa Verde e o Arroio Bolaxa. De acordo com o menino, a delegação gaúcha participou inicialmente de atividades em Porto Alegre, quando durante dois dias estudantes e professores assistiram a palestras sobre mudanças climáticas, conheceram a Usina de Reciclagem e realizaram passeios para conhecer a cidade.
No dia 2 de abril a delegação partiu para Brasília. “No primeiro dia nós fizemos um tour pela Capital, fomos até a torre de televisão e o Palácio do Planalto”, conta ele que pela primeira vez viajou de avião. Na abertura do evento, Davi presenciou os pronunciamentos da senadora Marina Silva (PT – AC), criadora da convenção, e os ministros da Educação Fernando Haddad e do meio ambiente, Carlos Minc.
Durante os dias de evento, Davi apresentou o projeto da escola e integrou debates em relação aos cuidados com o meio ambiente. “Falei sobre a minha responsabilidade enquanto cidadão, que é de fazer a minha parte para que tenhamos um ar e uma água limpa. Temos que pensar em nossa geração e na que virá depois, a dos nossos filhos”, argumentou. O jovem levou também lembranças dos Rio Grande para entregar aos demais conferencistas.
A conferência proporcionou ainda a troca conhecimento culturais. Davi conta que no quarto dia houve noite cultural, em que a delegação gaúcha cantou a música, Querência Amada, de Teixeirinha. Alguns estudantes da delegação chegaram a vestir as pilchas para se apresentar aos presentes. “Fomos um dos mais aplaudidos pelo público”, conta.
Os cinco dias de conferência resultaram em uma carta que foi entregue a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. No documento, as crianças e adolescentes se comprometem a defender o meio ambiente e, para isso, pedem ajuda ao poder público, aos movimentos sociais, às escolas e à comunidade. Davi voltou de Brasília com um série de responsabilidades, entre elas a missão de implantar na escola a “Agenda 21”, um planejamento para debates e trabalhos de reflexão para preservação na natureza, e também o “Momento Convida”, em que a escola realiza uma ação pelo meio ambiente em Rio Grande.
Documentário
Em outubro de 2008 a escola Ana Nery realizou a “3º Conferência Infanto-juvenil pelo Meio ambiente”, quando entre os quatro elementos da natureza – ar, água, terra e fogo –, os alunos escolheram trabalhar com a água. “Eles escolheram a água porque é um assunto está geralmente na pauta dos nossos trabalhos da escola”, explicou a professora de história Elisabete Moraes. Durante a conferência na escola os estudantes montarem o projeto para desenvolver o documentário sobre o Arroio Bolaxa e a Lagoa Verde. Foi através desse projeto que a escola foi selecionada para participar do evento nacional.
Melina Brum Cezar