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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Representantes do Inpe e do Ministério do Meio Ambiente debatem a Rede-Clima e o Plano sobre Mudança Climática


O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, deu detalhes a respeito da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas (Rede-Clima), coordenada pelo instituto, na 9ª reunião da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC). A diretora da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Branca Bastos Americano, explicou os objetivos do Plano Nacional Sobre Mudança Climática (PNMC).
Carlos Nobre, que representou, na reunião, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, classificou a Rede-Clima como um dos principais pilares do PNMC. Essa rede de pesquisas envolve diversas instituições brasileiras especializadas no estudo das mudanças climáticas, adaptação e mitigação voltados a diversos setores e sistemas: agricultura, biodiversidade, desastres naturais, energias renováveis, megacidades, políticas públicas, recursos hídricos, saúde humana e zonas costeiras.
Já a substituta de Suzana Kohn Ribeiro, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Branca Americano, enumerou os principais objetivos do PNMC: aumentar o desenvolvimento ao mesmo tempo em que o país reduz as emissões de carbono, incentivar o uso de energias renováveis e a utilização de biocombustíveis no setor de transportes e dobrar a área de florestas plantadas no Brasil de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões de hectares em 2015.
Durante os debates, o deputado Colbert Martins (PMDB-BA), relator da CMMC, defendeu a necessidade de a comissão deixar de apenas ouvir opiniões e passar ser protagonista no processo; em de só sugerir, legislar. Na mesma linha, o senador Fernando Gabeira (PV-RJ) lembrou que a presidente da comissão, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), foi empossada nesta mesma terça-feira (19) no cargo de líder do governo no Congresso, fato que poderá facilitar uma ação política para fortalecer as prerrogativas da CMMC.
O deputado Sarney Filho (PV-MA), ex-ministro do Meio Ambiente, sugeriu ao governo assumir uma posição de vanguarda colocando a questão do planejamento demográfico como fundamental para impedir o crescimento do aquecimento global. O deputado Mendes Thame (PSDB-SP) opinou que o governo federal peca ao excluir o Legislativo da execução das ações do Plano Nacional Sobre Mudança Climática.
A vice-presidente da comissão, Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), defendeu a aprovação do projeto da senadora Marina Silva (PT-AC),
PLS 53/00-Complementar, que institui o FPE (Fundo de Participação do Estado) Verde. A matéria, que tramita na Câmara, (PLP 351/02), cria uma reserva do FPE para os estados que abrigam unidades de conservação da natureza e terras indígenas demarcadas. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) informou que o projeto deve entrar em pauta na próxima semana e que o seu partido e a bancada do Distrito Federal votarão pela sua aprovação.
Também ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva expressou sua preocupação com o
Projeto de Lei de Conversão nº 5/09, proveniente da Medida Provisória 452/08, que torna menos rígidas as regras de licenciamento ambiental para reparos, melhoria e duplicação de rodovias federais, inclusive as localizadas na Amazônia. Ela classificou a medida como "um claro retrocesso".
Roberto Homem / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Obama anuncia limites para emissões de poluentes de carros americanos.

Presidente norte-americano quer que veículos façam 15,1 km/l. Medida passa a valer em 2012 e deve encarecer veículos nos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (19) novas normas para aumentar a eficiência no consumo de combustíveis e reduzir as emissões de poluentes dos veículos americanos. As novas medidas começarão a ser aplicadas gradualmente aos modelos produzidos a partir de 2012 e preveem que, em 2016, um automóvel terá que percorrer uma média de 100 quilômetros por 6,63 litros de gasolina (ou 15,1 quilômetros por litro de combustível). Os carros mais econômicos deverão fazer 16,5 km/l.Isso representa, segundo os cálculos da Casa Branca, uma economia de 5% por ano no consumo e uma redução de 900 milhões de toneladas métricas em emissões de dióxido de carbono.
Em um ato no jardim da Casa Branca, no qual estiveram presentes, entre outros, os diretores das principais empresas automobilísticas dos EUA e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, o presidente americano declarou que, "durante décadas, fizemos muito pouco para melhorar a eficiência no consumo de combustíveis". Segundo Obama, "no passado, um acordo como este seria considerado impossível". O presidente americano garantiu que o anúncio representa "uma mudança na política de Washington e é precursor de uma mudança em como os negócios são feitos" nos EUA.
Obama elogiou os fabricantes de automóveis, os sindicatos e os líderes políticos por contribuirem para a conquista do que considerou um "acordo histórico para ajudar os EUA a romperem sua dependência do petróleo importado". Segundo o chefe de Estado americano, as novas normas permitirão economizar 1,8 bilhão de barris de petróleo durante a vida útil dos veículos que devem ser vendidos nos próximos cinco anos. Essa economia, ressaltou Obama, representará mais petróleo do que os EUA importam de Arábia Saudita,