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domingo, 13 de janeiro de 2013

Mutirão global de limpeza coleta 100 mil toneladas de lixo em um ano.


Mais de seis milhões de voluntários participaram da ação, dizem ativistas. Organizado pela internet, mutirão global envolveu 96 países em 2012.

 
Mais de seis milhões de voluntários de 96 países coletaram 100 mil toneladas de lixo no ano passado como parte de uma campanha global de limpeza, organizada pela internet, informaram ciber-ambientalistas nesta sexta-feira (11).
“No ano passado a quantidade mais impressionante de voluntários participou da limpeza em Suécia, Bulgária e Eslovênia”, disse Tiina Urm, porta-voz da campanha World Cleanup de 2012.

Cerca de 700 mil suecos, 322 mil búlgaros e 265 mil eslovenos se lançaram a coletar lixo, frequentemente descartado ilegalmente. Os resíduos foram localizados com um software especial que utiliza o Google Maps.

A campanha “Let's do it!” (Vamos fazer) começou em 2008 na Estônia, onde organizadores criaram um software especial para mapear e fotografar 10 mil lixões ilegais em todo o país, que tem 1,3 milhão de habitantes.
A ação se revelou um sucesso inesperado, quando mais de 50 mil voluntários coletaram 10 mil toneladas de lixo ilegal, retirado de beira de estradas, florestas e cidades em apenas cinco horas.

No entanto a campanha atingiu uma dimensão global somente no ano passado, quando seis milhões de pessoas participaram. “Nos últimos cinco anos, sete milhões de voluntários se engajaram em ações de limpeza”, disse Urm.

Mas, ainda há muito que fazer. De acordo com os incentivadores da campanha, o mundo está mergulhado em 100 milhões de toneladas de lixo ilegalmente descartado.

Um encontro mundial de ciber-ambientalistas será celebrado em fevereiro em Tallinn, na Estônia. Os debates serão focados em formas de expandir a limpeza global.

China emite alerta devido à camada de poluição que cobre metade do país.

Em Pequim, pontos turísticos como a Cidade Proibida ficaram encobertos. Governo pede que máscaras sejam utilizadas por moradores.

A China emitiu neste domingo (13) um alerta devido à densa e prejudicial camada de poluição que cobre desde o início deste fim de semana 12 províncias do país e que em Pequim se transformou em uma das piores nevoas poluentes registradas em uma década, informa a imprensa local.
Os cidadãos de grande parte do norte do país foram chamados a permanecer no interior de suas casas para evitar os efeitos da poluição, que no caso de Pequim foi qualificada de "severamente prejudicial e perigosa".
"Essa é realmente a pior poluição já registrada, não apenas de números oficiais, mas também de números de monitoramento da embaixada norte-americana. Algumas áreas na província (vizinha) de Hebei estão ainda piores do que Pequim", disse Zhou Rong, ativista de clima e energia no Greenpeace.
A camada contaminante permanecerá sobre a capital chinesa por mais três dias devido à má condição meteorológica, evitando que as substâncias poluentes se dispersem, advertiu a agência oficial do país "Xinhua", que aconselhou aos moradores o uso de máscaras quando saírem, além de evitarem o exercício em excesso.
Neste sábado (12), a qualidade do ar em Pequim mostrou partículas com um diâmetro reduzido o suficiente para penetrar nos pulmões em uma amostra de 456 microgramas por metro cúbico, informou o centro municipal de alertas ambientais. A qualidade é considerada boa quando a taxa fica abaixo de 100.
No entanto, uma amostra apresentada pelo site da embaixada dos Estados Unidos na capital chinesa mostrava uma taxa acima de 800. A metrópole apresenta amostras com um valor máximo de 500, com a embaixada americana publicando no Twitter que suas próprias leituras estavam "além do índice".
Pequim já se comprometeu com um cronograma para melhorar a qualidade do ar na cidade, e realocou a maior parte de sua indústria pesada, mas as regiões vizinhas não se comprometeram da mesma maneira, disse Zhou.
"Para Pequim, a limpeza vai levar uma geração, mas outras regiões ainda não têm nem mesmo metas de reduzir a queima de carvão. Aposto que a poluição aqui vem principalmente dessas regiões vizinhas".

"Nossos rios servem de lata de lixo", diz geólogo paraense

Milton Matta alerta para necessidade de cuidar melhor dos rios do Pará. Saúde e qualidade de vida são diretamente afetadas pelas águas, diz.

A capital paraense é contornada por vários rios, onde navegam centenas de embarcações diariamente. Um deles é o rio Guamá, que contorna toda a Universidade Federal do Pará (UFPA). O rio também é, para os ribeirinhos que moram às suas margens, uma fonte de renda e de alimentação. O açaí, um dos principais alimentos do cardápio paraense, também chega às feiras e supermercados da cidade através do rio.

A necessidade de tratar melhor dos rios paraenses, segundo o professor e geólogo Milton Matta, é um fator que influencia diretamente na qualidade de vida da população. "Os rios fazem parte da vida da gente. Dentro do ciclo hidrológico, os rios nos abastecem de água, e são responsáveis pela evaporação, que vai ser responsável pela quantidade de chuva, que vai ser responsável pela nossa temperatura, que vai ser responsável pela qualidade de vida, e assim por diante. Além de também servir para nossa alimentação. Os ribeirinhos é que tratam o açaí e o pescado", explica.

Além da beleza natural, os rios que contornam Belém poderiam ser uma alternativa eficiente de locomoção entre municípios da Região Metropolitana da cidade. Porém, eles funcionam como um depósito de lixo e esgoto, muitas vezes despejado no local pela própria população. "Na Amazônia nós temos dois tipos de estradas para se locomover: as estradas de rodagem, físicas, e também as estradas dos rios. Então a nata, a rede de rios, fornece também essa parte de locomoção do paraense e do amazônida de uma maneira geral. O grande problema que a gente tem é que essas águas superficiais, que também servem para o nosso abastecimento hídrico, para o abastecimento de água, estão quase todas contaminadas. E isso não é privilégio da Amazônia nem do Pará, é uma situação no Brasil inteiro. Cerca de 95% do nosso esgoto é jogado nos rios. Então os nossos rios servem de lata de lixo do nosso esgoto. Isso realmente é um reflexo da falta de políticas relacionadas ao meio ambiente", ressalta o geólogo.

De acordo com Matta, as consequências dessa falta de cuidado com os rios prejudica especialmente aquela população que, todos os dias, entra em contato com essas águas. "Os rios são fonte de alimentação mas se eles estiverem poluídos, os peixes vão sofrer com isso", exemplifica. Segundo ele, faltam projetos de educação ambiental para conscientizar a população.

Uma das consequências dessa lacuna pode ser percebida através do desaparecimento de determinadas bacias urbanas de Belém, segundo o professor. "Nós temos grandes bacias urbanas que estão desaparecendo. A bacia do Mata Fome, por exemplo, está desparecendo. Se nada for feito ela vai sumir, vai ser soterrada por sedimentos. Toda a mata auxiliar foi destruída pela ocupação urbana. E assim como temos o Mata Fome, nós temos também várias bacias na mesma situação", afirma.

Saúde e conscientização ambiental
A influência da qualidade da água na saúde da população também é um ponto para qual o geólogo chama a atenção. "De 60 a 65% da ocupação dos nossos hospitais, das grandes metrópoles, são com doenças de veiculação hídrica, são doenças causadas pela água. Então existem as águas boas e as águas más. As boas são aquelas que nos alimentam, que nos trazem tudo que a gente precisa para o corpo humano. Mas existem as águas más também, que nos abastecem de doenças e podem nos levar a morte. Então isso aí é uma situação de saúde pública. E os órgãos competentes tem que se preocupar", alerta.

Quanto à população, para Matta, a conscientização é um passo que precisa ser dado urgentemente, porém com o apoio de políticas públicas específicas para o meio ambiente. "A população pode sim ajudar. Mas é difícil você pegar uma população da periferia, que não
tem educação, que não tem nem o que comer, não tem água potável para beber, e dizer que não pode jogar um lixo no rio. Eles não entendem isso. Eles só vão entender se houver uma política realmente de educação ambiental", ressalta.