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sexta-feira, 12 de março de 2010

Laudo confirma que algas provocaram mortandade de peixes na Lagoa, mas MP-RJ segue investigando.


RIO - Após mais de duas semanas de especulações, há enfim uma informação concreta sobre a causa da morte de três toneladas de peixe na Lagoa Rodrigo de Freitas , no último dia 26. De acordo com o laudo técnico divulgado na tarde desta sexta-feira pela secretária do Ambiente, Mariliene Ramos, a vilã seria um tipo raro de alga, chamado "chrysochromulina". Segundo a secretária, essa espécie surge em razão de nutrientes naturais que se proliferam com as chuvas e afeta principalmente os peixes.

Nesta quinta-feira, antes da divulgação do estudo, o Ministério Público do Estado já havia cobrado explicações de diversos órgãos sobre o incidente, em encontro que contou com representantes do Inea, da Secretaria do Ambiente, da Rio Águas, da Cedae e da Colônia de Pescadores da Lagoa. Entre os temas abordados, estavam a própria causa da mortandade, a avaliação da qualidade de água da Lagoa e uma análise dos plânctons da região. Foi solicitado, também, um relatório de monitoramento que abranja os últimos 24 meses, trazendo informações como o funcionamento dos sistemas de comporta, mecanismos para escoamento de detritos e até o estoque pesqueiro local. O objetivo da medida, além da avaliar a situação, é conhecer com precisão que órgão deve estar encarregado por cada ação.
"O MP tem papel fiscalizador e sempre agirá nesse sentido. Em um primeiro momento, vamos trocar informações e caminhar objetivamente para a melhoria do local e a proteção do meio ambiente", afirmou a Promotora de Justiça Rosani Cunha.

O Inea garantiu que apresentará, em 30 dias, um planejamento físico de controle automático e contínuo da Lagoa. Já a Rio Águas, em dez dias, divulgará um cronograma para início do processo de dragagem. A decisão final será apoiada por uma análise de todos os dados recolhidos, a ser realizada por peritos do Grupo de Apoio Técnico ao MP (Gate).
Para especialistas ouvidos pelo Ministério Público, uma das causas da mortandade seria também o baixo índice de renovação das águas pelo canal do Jardim de Alah. Durante um período de 60 dias, teriam havido somente dez horas de troca de água.
De acordo com o MP-RJ, os envolvidos poderão ter que se comprometer com um Termo de Ajustamento de Conduta ou até mesmo sofrer uma ação judicial. Ainda segundo o órgão, o melhor meio para evitar novos casos semelhantes é existir uma gestão compartilhada da Lagoa de Freitas.

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